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Brasil celebra 40 anos da resposta à aids com exposição que honra histórias, lutas e conquistas

25 de novembro de 2025

A partir de 1º de dezembro, o Ministério da Saúde abre ao público, em Brasília, a exposição “40 anos da história da resposta brasileira à aids”. Mais do que revisitar o passado, a iniciativa convida cada visitante a reencontrar memórias, reconhecer avanços e refletir sobre os desafios que ainda existem. É uma celebração do Dezembro Vermelho 2025 – mês de conscientização sobre HIV e aids – e, sobretudo, uma homenagem às pessoas que transformaram a resposta brasileira em um exemplo para o mundo. A exposição ficará aberta até 30 de janeiro de 2026.

Instalada no Sesilab, museu interativo de ciência, arte e tecnologia, a mostra reúne relatos de vida, documentos, imagens, obras de arte, campanhas marcantes e recursos digitais que ajudam a contar como o Brasil enfrentou a epidemia desde 1985 — ano em que a resposta oficial foi instituída pela Portaria nº 236. Dividida em quatro eixos temáticos — História: O tempo não para; Avanços tecnológicos: Museu de grandes novidades; Conquistas: Eu quero uma pra viver; e Cinema e debate: A velha bandeira da vida — a exposição cria uma experiência sensorial e afetiva que conecta passado, presente e futuro.

A curadoria do evento reúne representantes de redes e movimentos nacionais de pessoas vivendo com HIV e aids, além de pesquisadores, técnicos, organismos internacionais e parceiros do Ministério da Saúde. Para o ministro Alexandre Padilha, a exposição é um tributo coletivo: “São 40 anos de ciência, participação social e cuidados. Avançamos porque profissionais, gestores, ativistas e organizações da sociedade civil lutaram para garantir direitos e enfrentar o estigma e a discriminação. Esta exposição honra essa história e quem fez dela um exemplo para o mundo.”

A programação alusiva ao Dezembro Vermelho 2025 também trará debates, apresentações artísticas, rodas de conversa e oficinas. Durante 12 dias, especialistas, profissionais e gestores de saúde, comunicadores, artistas, influenciadores digitais, escritores e representantes da sociedade civil vão dialogar sobre temas que moldaram — e ainda moldam — a resposta ao HIV e à aids no país: prevenção combinada, diagnóstico, transmissão vertical, determinantes sociais, arte, comunicação, direitos e enfrentamento ao estigma.

Muitas dessas atividades são abertas ao público, com vagas limitadas. As inscrições podem ser feitas no site da exposição. É um convite para que cada pessoa possa revisitar essa trajetória de coragem e cuidado, reconhecer as histórias que nos trouxeram até aqui e renovar compromissos para o futuro.

Para Mariângela Simão, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, este é um momento especial para reafirmar valores que marcaram os 40 anos de resposta brasileira: “Celebrar quatro décadas é reafirmar que o cuidado está no centro de tudo — guiado pelas melhores tecnologias de saúde e pela participação social. O Brasil segue determinado a eliminar a aids como problema de saúde pública até 2030.”