A Defesa Civil Estadual de São Paulo acionou pela primeira vez o sistema cell broadcast para alertar a população sobre a baixa umidade do ar e o risco para incêndios. Nesta quinta-feira (14), 82 cidades das regiões de Araçatuba, São José do Rio Preto e Presidente Prudente, com alguns municípios na região de Andradina e no Pontal do Paranapanema, ficaram abaixo dos 12%, considerado estado de emergência pela Organização Mundial da Saúde.
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Os moradores receberam pelo celular um aviso de que a umidade do ar está em emergência, o que representa risco à saúde e de incêndios em vegetação. A orientação é beber água e evitar queimadas. A tecnologia “cell broadcast”, não requer que os moradores instalem algum aplicativo e opera via localização dos aparelhos por torres de transmissão.

Neste ano, a ferramenta foi incorporada à Operação SP Sem Fogo para alertar a população sempre que houver baixa umidade do ar ou risco de queimadas. O sistema poderá ser utilizado para alertas severos ou extremos, com orientações voltadas à prevenção e saúde das pessoas.
A tecnologia vai alertar a população quando a umidade do ar ficar abaixo de 12%, houver alerta vermelho do Inmet e focos de incêndios próximos a áreas urbanas. “A ferramenta, bastante utilizada no período do verão para para o envio dos alertas, também será aplicada no período de estiagem. A umidade relativa do ar abaixo de 12% gera desdobramentos para saúde das pessoas”, afirma a major Tatiana Rocha, diretora da Defesa Civil do Estado de São Paulo.
Desde dezembro de 2024, a Defesa Civil utiliza o cell broadcast para efetuar o disparo de alertas. Com ele, todo aparelho celular de determinada região conectado a uma antena de telefonia e recebendo sinal 4G ou 5G recebe mensagens de alerta. Além do aviso sobre os riscos, a ferramenta deve informar sobre locais para evacuação e pontos seguros.
Alerta georeferenciado de incêndio
Outra medida tecnológica implementada é o alerta de incêndio georreferenciado, gerado pelo sistema SMAC, desenvolvido pela Defesa Civil para identificar focos de queimada próximos às reservas florestais do estado. Sempre que os satélites apontarem um novo foco de incêndio próximo a qualquer unidade de conservação, um alerta automático será emitido ao CGE da Defesa Civil e também aos gestores do parque florestal que estiver em risco.
“Essa ferramenta permite que os gestores tomem decisões a partir do uso de tecnologia. Desta forma, é possível reforçar as equipes para atuar diretamente no foco do incêndio, para evitar colocar em risco a fauna e a flora, antes mesmo que o fogo acesse a vegetação nativa”, afirma a diretora da Defesa Civil do Estado de São Paulo, major Tatiana Rocha.
Operação SP Sem Fogo
A Operação SP Sem Fogo é uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Além disso, conta com iniciativas e investimentos do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar Ambiental, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), além da própria Semil e de suas vinculadas: Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e Fundação Florestal (FF).
Para cumprir seus objetivos, a Operação São Paulo Sem Fogo desenvolve uma série de atividades de forma permanente ao longo do ano, divididas em fases (verde, amarela e vermelha), conforme as necessidades e priorizações de cada período.
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