
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou uma nova fase do programa de Inteligência Artificial Ulysses, que passa a integrar iniciativas de modernização tecnológica da Casa. Segundo ele, o programa reforça a capacidade institucional e aproxima a tecnologia da atividade parlamentar.
“A partir de hoje, o Ulysses deixa de ser um conjunto de iniciativas isoladas e passa a estruturar um programa institucional de inteligência artificial, com projetos transversais, articulados e alinhados às necessidades da Câmara”, afirmou.
A nova etapa do Ulysses facilita o uso de plataformas externas de inteligência artificial, como Claude, Gemini e GPT, por servidores. Em breve, será lançado o Ulysses Chat, solução interna que fornecerá informações confiáveis sobre normas, serviços e procedimentos da Casa.
O programa também será integrado à atividade legislativa, com ferramentas para organizar proposições, distribuir automaticamente matérias nas comissões e detectar possíveis conflitos constitucionais.
“As ferramentas ampliam a precisão do processo legislativo e reduzem o tempo dedicado a tarefas repetitivas”, explicou Motta.
Políticas de governança
O presidente também lançou as políticas de governança de Inteligência Artificial e de Governança de Dados da Câmara dos Deputados. Segundo ele, os documentos definem responsabilidades e criam mecanismos de coordenação entre áreas técnicas.
“Elas garantem que a inovação ocorra de forma segura, transparente e alinhada aos valores da administração pública e da democracia”, afirmou.
Base sólida
O diretor-geral da Câmara, Guilherme Barbosa Brandão, afirmou que o Ulysses está apoiado em uma base sólida. “A Câmara será referência entre parlamentos do mundo no uso de Inteligência Artificial. É um novo momento de modernização e eficiência”, declarou.
O secretário-geral da Mesa, Lucas Ribeiro Almeida Júnior, destacou que o ganho de eficiência deve vir acompanhado de responsabilidade.
“Uma ferramenta tão poderosa demanda cuidado, especialmente no contexto atual, em que cada palavra faz diferença. É fundamental manter a revisão humana em todas as etapas”, afirmou.





