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Entenda como a tarifa da Sabesp privatizada é 15% mais barata que a da Sabesp estatal

4 de dezembro de 2025

Entenda como a tarifa da Sabesp privatizada é 15% mais barata que a da Sabesp estatal

A conta de água em cidades com fornecimento da Sabesp terá uma atualização a partir de janeiro de 2026. O valor ficará 15% menor que aquele previsto caso a companhia se mantivesse estatal. A nova tarifa não apresenta um aumento real ao consumidor e apenas respeita a inflação.

A Sabesp privatizada pratica hoje a tarifa mais barata do país mesmo após ampliar em 151% os investimentos em 2025 para ampliar e modernizar a infraestrutura de saneamento. Isso é possível porque o modelo privatizado exige que os aportes sejam executados antes de qualquer revisão tarifária. Além disso, o contrato prevê mecanismos rígidos de controle que impedem reajustes acima da inflação.

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A atualização tarifária de 2026 passa a valer a partir de 1º de janeiro e será aplicada às 371 cidades que fazem parte da Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário 1 (URAE-1) atendidas pela Sabesp.

Por que a ‘tarifa privatizada’ é mais barata que a ‘tarifa estatal’

Com a deliberação da Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), a atualização da tarifa considera apenas a variação inflacionária de 6,11%, o que é resultado do acumulado em 16 meses do período em vigor do contrato de concessão. Ou seja, não houve aumento real ao consumidor. As próximas atualizações tarifárias serão calculadas com base em 12 meses.

Isso significa que a conta de água apenas acompanha a inflação do período. Ou seja, o valor não encarece por mudanças no modelo regulatório. A tarifa de referência para 2026 ficou em R$ 6,76/m³, valor 15% menor que os R$ 7,96/m³ projetados para a Sabesp estatal no mesmo período.

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Esse modelo diferenciado de revisão tarifária se deve a mecanismos que só permitem a compensação por investimentos já realizados e auditados. Assim, a concessão da Sabesp evita aumentos tarifários baseados em projeções infladas. Isso garante que a concessionária seja remunerada apenas pelo que de fato investiu em melhorias estruturais.

Outro mecanismo que abate aumento tarifário são recursos do Fausp (Fundo de Apoio à Universalização do Saneamento), criado com recursos da privatização e alimentado por dividendos da Sabesp, o Fundo serve para:

  • Reduzir o valor final da tarifa ao consumidor, quando necessário.
  • Garantir que a tarifa cobrada seja sempre menor que a tarifa de referência estatal.
  • Sustentar a expansão dos investimentos sem pressionar o bolso dos usuários.

Na revisão atual, o impacto do Fausp no índice de reposicionamento tarifário foi praticamente nulo (0,026%), indicando que o modelo não depende desse tipo de subsídio recorrentemente.

A tarifa privatizada também é mais baixa que a de muitas capitais

Segundo a Global Water Intelligence (GWI), a Sabesp foi a única companhia do Brasil a registrar queda na tarifa residencial em 2024. A partir do momento que entrou no modelo de concessão, a Companhia reduziu a tarifa em 10% no caso da tarifa social, 1% na residencial e 0,5% na comercial.

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