Museu da Imagem e do Som tem 5ª edição da mostra São Paulo em Curtas com entrada gratuita
A mostra São Paulo em Curtas 2025, quinta edição do programa MIS em Cena, é um concurso cultural promovido pelo Museu da Imagem e do Som, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, que busca valorizar a produção audiovisual de diferentes territórios da capital paulista. Neste ano, a iniciativa selecionou 12 obras em curta-metragem criadas fora do centro expandido da cidade, ampliando a visibilidade de artistas locais e destacando a potência criativa dessas regiões. Mais do que revelar novos talentos, o projeto reforça a cultura como instrumento de transformação social, convidando o público a reconhecer e se conectar com múltiplas formas de expressão que emergem da diversidade urbana de São Paulo.
As obras selecionadas terão exibição inédita no Auditório MIS, divididas entre os dias 20 e 21 de novembro, com entrada gratuita, oferecendo ao público a oportunidade de conhecer produções inéditas e de qualidade. A entrada é gratuita – retirada de ingresso com 1h de antecedência na bilheteria do Museu.
Programação dia 20, às 19h
“Família Nascimento”, de João Victor Nascimento - A partir de arquivos pessoais, o vídeo revela memórias de uma família que lutou contra a paralisia cerebral.
“Mancha”, de Bruno Souza Maciel – Em uma prisão, quatro detentos encaram uma mancha de sangue seco no muro. O que para uns é apenas uma marca sem importância, para outros se transforma em arte. Entre ironia e provocações, o grupo mergulha em um debate filosófico sobre liberdade, moralidade e destino. A conversa, que começa como um jogo de interpretações, logo se torna um espelho de suas próprias existências revelando que, ali dentro, a liberdade é sempre uma ilusão passageira.
“Terças, sábados, domingos”, de Pedro Vergani Calixto - Um grupo de cineastas documenta o cotidiano de dois agricultores orgânicos, Kazuo e Zé. O filme explora temas como trabalho, aposentadoria e a própria arte da produção cinematográfica, através do uso da metalinguagem que permeia a narrativa.
“Uterus”, de Thais Fernanda de Carvalho – “Uterus” é uma tentativa íntima e política da cineasta Thais Carvalho de restituir a imagem e o relato de sua avó materna, Dirce de Assis Machado, mulher pobre, prostituta e que teve sua filha, a mãe de Thais, roubada ainda bebê e passou o resto da vida tentando reencontrá-la. Sem registros fotográficos, nem mesmo em sua lápide, sua trajetória revela uma mulher negada, silenciada e marcada por vazios, lacunas e ausências.
“Segue o baile – o movimento continua”, de Manoel Victor Calixto - Um mergulho afetivo na memória e na força dos bailes black e da cultura periférica de São Paulo. O documentário resgata histórias e experiências de artistas e frequentadores que fizeram dos bailes espaços de resistência, convivência e celebração da negritude. Narrado por vozes que viveram e ainda constroem esse movimento, o filme reflete sobre identidade, pertencimento e a importância de preservar a memória coletiva das periferias urbanas brasileiras.
“Benzô”, de Letícia Andrade Dojcsar - Benzô revela a história de Sérgio, um Pajé Guarani, e Dona Florinda, uma caiçara, que utilizam sonhos, plantas e rezas como formas ancestrais de cura. Com ilustrações em xilogravura, o filme entrelaça documentário e animações para explorar tradições culturais e a benzedura como prática de cura enraizada em nossa história.
Programação dia 21, às 19h
“Expresso São Valentim”, de Guilherme Ayres (@curtaexpressosaovalentim) – O amor sempre esteve presente na vida de Mabel. Ao vender passagens de ônibus num guichê de rodoviária, ela forma casais ao colocar pessoas sentadas lado a lado para viajar. O que ela não sabia é que o amor que ela sempre fez florescer na vida de outros iria agora florescer na sua vida.
“Memória de pivete”, de Pedro Bernardino Martini Santi – Durante a Copa do Mundo de 2006, um grupo de crianças vive a magia do futebol brasileiro e da infância periférica, onde laços da amizade fortalecem o ato de sonhar.
“Artérias”, de Gustavo Giacobelli – Um ensaio sobre o processo artístico de Fabio Biofa na intervenção urbana Artérias. Biofa busca ordenar, equilibrar e denunciar disfunções sociais e estruturais da cidade, deslocando objetos e signos do espaço urbano.
“Vânia & Valéria”, de Isabela da Silva Alves (@parasitafilmes) – Com mais de 30 anos de união, Vânia e Valéria são um casal apaixonado que abraça o que a vida lhes oferece. Moradoras de Parelheiros, no extremo-sul de São Paulo, elas lutam pelo direito à alimentação saudável nas periferias e por um estilo de vida em harmonia com a natureza. Elas também são as mamães da “Turma do Nino”, que já resgatou mais de 100 animais.
“Sonetos de Shakespeare”, de Carlos Alberto Pontes Junior – O texto homônimo de Gero Camilo, em tom de autoficção performado pelo próprio autor, ganha novos contornos nesta adaptação audiovisual. Um desejo insaciável por poesia junto aos desafios do artista mediante obstáculos sociais.
“O despertar de Aiyra”, de Maria Eduarda Brito Bezerra Rodrigues – “O despertar de Aiyra” é um tributo emocionante à cultura e à resiliência dos povos indígenas da Amazônia. É uma lembrança poderosa de que a harmonia com a natureza é vital para a sobrevivência de todos nós.
Serviço
São Paulo em Curtas
Data: Dias 20 e 21, às 19h
Ingressos: gratuito (retirada com uma hora de antecedência na bilheteria do MIS)
Local do filme: Auditório MIS (172 lugares)
Classificação livre
Museu da Imagem e do Som – MIS
Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo| (11) 2117 4777 | www.mis-sp.org.br
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