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Governo de SP já reassentou 80% das famílias da Favela do Moinho e acelera requalificação do centro da capital

17 de novembro de 2025

Governo de SP já reassentou 80% das famílias da Favela do Moinho e acelera requalificação do centro da capital

O Governo de São Paulo vem conduzindo um amplo programa de reassentamento de famílias que viviam em situação de vulnerabilidade na Favela do Moinho, no centro da capital. Até sexta-feira (14), cerca de 700 famílias já deixaram a comunidade, o que representa aproximadamente 80% dos moradores da área. 

Deste total, 140 famílias já estão instaladas em unidades habitacionais definitivas, enquanto outras 636 têm destino definido e passaram a receber auxílio-moradia até a mudança para a moradia permanente.

A ação integra a política de requalificação da região central da capital e busca levar dignidade às famílias que viviam em condições precárias, sob risco elevado de incêndios, insalubridade e falta de infraestrutura. 

Até o momento, cerca de 700 moradias no Moinho foram descaracterizadas ou demolidas e os investimentos estaduais já chegam a R$ 118,5 milhões, destinados para a compra de imóveis que abrigarão as famílias reassentadas de maneira definitiva.

Adesão à iniciativa da CDHU é voluntária

O plano de reassentamento estruturado pela CDHU é voluntário e oferece diferentes formas de atendimento: a família pode escolher entre imóveis prospectados pela Companhia (prontos, em construção ou com obras a iniciar) ou buscar por conta própria um apartamento em qualquer cidade do estado, desde que dentro dos parâmetros do programa.

O limite de investimento por unidade é de R$ 250 mil, e as moradias são concedidas sem custo para famílias com renda mensal de até R$ 4,7 mil, conforme parceria entre o Governo do Estado e o Ministério das Cidades. Para quem opta por unidades ainda em obra, o programa garante caução de R$ 2,4 mil e auxílio-moradia de R$ 1,2 mil a partir do mês seguinte.

Francisco morou no Moinho por 10 anos e conta que, à época, ir para a comunidade foi a única opção viável por conta de sua situação financeira

Vida em transformação para antigos moradores do Moinho

Francisco Pereira de Araújo é um dos beneficiados pela iniciativa. Aos 50 anos, o controlador de estacionamento morou por uma década em um barraco de madeira no Moinho, alternativa que encontrou quando não conseguiu mais arcar com o aluguel. O imóvel improvisado, sem ventilação, com estrutura comprometida e risco constante de incêndio, agora ficou para trás. Na última quarta-feira (12), ele se mudou para um apartamento no Brás, região central, que conta com varanda, portaria 24 horas, piscina, academia e áreas comuns. “Vou estar em um lugar mais seguro. Eu estou feliz, é uma bênção”, disse.

A decisão de Francisco de permanecer na região central está relacionada à rotina de trabalho e à presença de oportunidades de emprego próximas, como nos bairros da Santa Ifigênia e da 25 de Março. A mudança ainda trouxe outro ganho essencial: um endereço formal. “Agora eu tenho um endereço para indicar”, afirmou. 

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Outra beneficiária é Eunice Barbosa dos Santos, de 81 anos, que viveu por 22 anos no Moinho. Ela enfrentava problemas diários com falta de saneamento, limpeza e segurança, além do medo constante de incêndios. “Passei por dois incêndios na comunidade. Teve época que, por conta disso, eu não tinha mais nada”, relatou. Um dos barracos atingidos pelo fogo era o do filho, Jhony, que faleceu há seis anos e deixou seis filhos. Eunice agora cria um deles, o neto Jhony Alabá, de 10 anos, que terá uma nova rotina e novas perspectivas com a mudança.

Ela escolheu morar a apenas 1,6 km do antigo endereço, também na região central. O imóvel definitivo, com quarto, sala, cozinha e banheiro, está localizado em área com boa oferta de comércio e transporte. Além do conforto, ela celebra a possibilidade de proporcionar futuro diferente ao neto. “Para mim, tudo vai mudar para melhor agora, inclusive a educação do meu neto.”

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