Agenda SP + Verde debate sustentabilidade nas indústrias culturais
O painel “Circularidade Criativa: Sustentabilidade nas Indústrias Culturais” aconteceu nesta quarta-feira (5), durante o Agenda SP + Verde, no Parque Villa-Lobos, e reuniu autoridades e representantes dos setores da cultura, moda e audiovisual para discutir o papel da cultura na construção de consciência e engajamento frente às mudanças climáticas.
O debate contou com a presença da secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Marilia Marton, do secretário da Cultura e Economia Criativa de São Paulo, Totó Parente, da CEO do Grupo Storm, Iara Cardoso, e da Diretora Criativa e Proprietária da marca homônima, Heloisa Faria.
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A secretária Marilia Marton destacou o papel estratégico da cultura como agente de transformação social e ambiental. “A cultura é, por essência, um movimento sustentável. Os artistas têm uma relação direta com o meio ambiente — eles criam a partir da observação, da escuta e da vivência com o território. Isso torna o fazer cultural uma poderosa ferramenta de conscientização coletiva”, afirmou.
Durante o debate, foi ressaltado que o CultSP PRO tem colaborado ativamente para promover práticas sustentáveis nas produções culturais. A secretária lembrou que diversas ações têm sido realizadas em patrimônios históricos, com foco na recuperação e preservação dos espaços de forma responsável. “Temos buscado restaurar sem gerar resíduos de demolição, reduzindo significativamente o impacto ambiental dessas intervenções”, explicou Marilia Marton.
Outro destaque foi o trabalho na área audiovisual, onde há um esforço contínuo para minimizar os impactos ambientais das produções. “Estamos transformando e ressignificando materiais e a redução da emissão de carbono. Essa prática do reuso é uma forma concreta de repensar o consumo e incentivar uma economia mais circular dentro do setor audiovisual”, disse Iara Cardoso.
O painel também reforçou a importância de criar consciência ambiental por meio da arte. A contação de histórias, seja pelo teatro, cinema, moda ou outras linguagens, foi apontada como uma poderosa ferramenta de educação e mobilização. “Levar cultura a regiões diversas da cidade traz um impacto imenso, que gera economia criativa e promove sustentabilidade de forma direta”, pontuou o secretário Totó Parente.
Por fim, a estilista Heloisa Faria destacou como a moda pode atuar como um vetor de transformação. “A circularidade começa no pensamento criativo. Quando escolhemos materiais, processos e parceiros conscientes, estamos mudando toda a cadeia produtiva. A sustentabilidade precisa ser parte do DNA da criação, e não apenas um resultado final”, concluiu.
Sobre o evento
O Summit Agenda SP+Verde é um evento internacional pré-COP promovido pelo Governo de São Paulo, Prefeitura de São Paulo e USP. O encontro reúne especialistas, lideranças e representantes da sociedade para debater desenvolvimento sustentável e economia verde.
A estrutura montada no Parque Villa-Lobos conta com cinco palcos, rodada de negócios, área de inovação, Casa da Circularidade, espaço gastronômico e atrações culturais.
Os debates estão organizados em quatro eixos temáticos: Finanças Verdes, Resiliência e o Futuro das Cidades, Justiça Climática e Sociobiodiversidade e Transição Energética e Descarbonização. Uma trilha de economia circular também conecta todos os palcos e se estende à Casa da Economia Circular, com vivências e workshops sob curadoria do Movimento Circular.
Na área de inovação, universidades e institutos tecnológicos discutem o papel da pesquisa e da tecnologia na transformação climática de São Paulo. No palco principal, a economia verde é o centro das discussões, com presença de lideranças políticas e convidados nacionais e internacionais.
O Summit é resultado de uma ampla mobilização pelo desenvolvimento sustentável e conta com patrocínio de Cosan, Comgás, Edge, Rumo, Sabesp, Itaú, Amazon, Votorantim Cimentos, EcoUrbis, Solví, Loga, Motiva, EDP, Veolia, CPFL Energia, Metrô, Stellantis, Ecovias, Toyota, JHSF, TetraPak, Aena, Scania, AstraZeneca, Weg e Bracell; além de apoio institucional da Fiesp, Senai, Única, Aesabesp, Abrainc, Secovi-SP, Associação Comercial de São Paulo, Pateo 76, Abiogás, SP Águas, Cetesb, DER-SP, Fundação Florestal, Arsesp, SPTrans, Prefeitura de Campinas, B3, The Nature Conservancy, CEBDS, Pacto Global, SOS Mata Atlântica, Movimento Circular, União BR, Circular Brain, CET-SP, Dia da Terra, Instituto de Conservação Costeira, Inovaclima, IPT, Zeros, Ideia Sustentável, Kearney, Instituto Baccarelli, Zero Summit, Parque Villa-Lobos, NEOOH, Global Renewables Alliance (GRA) e Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI), MBRF, White Martins e Microsoft.
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