
“Sou correria, mas também sou vagabundo.” — CBJ
Querido leitor, que alegria te encontrar mais uma vez por aqui.
Espero, de coração, que a tua semana tenha sido generosa — cheia de conquistas, saúde e bons encontros. A vida anda corrida, eu sei, mas é bonito quando a gente tira um tempinho pra conversar, refletir e simplesmente existir.
Hoje quero puxar uma prosa mais leve. Depois de um texto mais denso na semana passada, acho que merecemos respirar um pouco, né? Vamos falar da ausência que escolhemos ter — ou melhor, da solitude, esse estado tão bonito de estar só, mas em paz.
Muita gente confunde solidão com solitude, e é aí que mora a diferença.
A solidão é um vazio que dói, um silêncio que machuca. É estar só sem querer estar.
Já a solitude é o contrário: é estar só por escolha. É quando a gente percebe que precisa de um tempo pra si mesmo — pra tomar uma cerveja tranquilo, ouvir uma música antiga, estender a rede e deixar o pensamento correr solto.
A solitude é um exercício de autoconhecimento, um jeito de cuidar da mente e dar pausa nas turbulências do mundo. Não é egoísmo — é autocuidado. É se afastar um pouco do barulho lá fora pra ouvir o que está gritando aqui dentro.
No meu caso, confesso: gosto de um bom uísque e um modão tocando na varanda. Ali, o tempo desacelera, o coração se ajeita e a cabeça se organiza. É o meu momento — e cada um de nós precisa encontrar o seu.
Por isso, te deixo um convite simples e sincero: descubra o teu instante de solitude. Faça dele um refúgio, um lugar de paz, um tempo pra se reencontrar. Quando a gente volta desses silêncios escolhidos, volta inteiro.
Que bom estar com vocês mais uma vez. Já estamos no nosso vigésimo texto. Em breve, chegaremos aos cinquenta — e então pensaremos em outro projeto.
Um abraço na medida da sua necessidade e o desejo de um ótimo final de semana.
Que possamos ser bastante, sempre que necessário.
Até breve, minha gente.