Na última sexta-feira (12/9), a EMEF Fazenda Coimbra, em Ribeirão Branco, abriu as portas para um encontro literário que uniu crianças, professores e escritores em uma manhã de histórias, conversas e descobertas. A atividade foi conduzida por Clarissa Lemos, 38, professora, escritora e ilustradora, e por seu marido, Josemir Lemos, 42, professor e escritor, ambos moradores de São Caetano do Sul.
Uma volta às raízes
Clarissa, que nasceu em São Paulo mas viveu em Ribeirão Branco até os 18 anos, carrega uma relação afetiva com a cidade. “Sempre estudei em escola pública e gostava muito de ler. Apesar de ter ido para a capital, meus pais ainda vivem em um sítio no município. Sempre que posso, volto para visitar e apresentar meu trabalho como escritora”, contou. Hoje, já soma três livros infantis publicados, sendo o primeiro lançado em 2023.
Josemir, natural de Pesqueira (PE) e também radicado em São Caetano do Sul, compartilha da mesma paixão pela literatura. Ele já publicou seis livros infantis, o primeiro também em 2023.
Histórias que ganham vida na sala de aula
O convite partiu da coordenadora pedagógica Jeane Ubaldo, que já conhecia o trabalho do casal. A programação envolveu diferentes atividades: mediação de leitura do livro Contando com os Animais, de Clarissa; contação da história africana A Tromba do Elefante; a narrativa de Os Dez Monstrinhos, de autoria de Josemir; além de um chá literário, entrevistas e roda de conversa com os alunos.
O momento mais marcante foi justamente no chá literário, organizado pelo primeiro ano. Crianças tímidas, mas curiosas, fizeram perguntas e apresentaram desenhos inspirados no livro A Festa da Filó. “Foi emocionante ver como a literatura desperta a imaginação e a sensibilidade dos pequenos”, disse Clarissa.
O impacto da literatura na escola pública
Para o casal, levar livros e histórias a cidades afastadas dos grandes centros é mais do que um gesto cultural: é um ato de transformação.
“Conhecer um escritor é como ver o próprio livro se materializar diante da criança. É uma possibilidade de ampliar horizontes e mostrar que existe vida além dos limites do município”, afirmam.
Segundo eles, a literatura deve estar presente no cotidiano escolar porque amplia o conhecimento de mundo e desenvolve a imaginação dos estudantes.
Gratidão e incentivo
Ao se despedirem da escola, Clarissa e Josemir deixaram uma mensagem especial:
“Agradecemos muito o acolhimento da EMEF Fazenda Coimbra. Que os estudantes continuem acreditando em seus sonhos e nunca parem de ler e estudar.”
Com esse encontro, a Fazenda Coimbra reafirma o papel da escola como espaço de encantamento e aprendizado — onde a leitura não é apenas matéria, mas ponte para o futuro.
