
Um texto simples, mas profundamente reflexivo, meu amigo leitor. Um direito pode estar sendo violado quando a sua lágrima escorre por sentir que algo está errado. Você não precisa estudar leis nem decorar artigos para compreender quando foi machucado. O coração entende antes da mente, e é nesse sentir que o direito se revela de forma mais verdadeira.
O direito não é só aquilo que está escrito em livros, em artigos de lei ou nas pilhas de papéis que se acumulam nos fóruns. O direito é vida, é carne, é sentimento. Ele se mostra quando a água não chega à torneira, quando a escola fecha as portas mais cedo, quando o posto de saúde não tem médico. A gente sente o direito na pele — e também sente quando ele é violado.
Muitas vezes dizem que o Direito é difícil, cheio de palavras que parecem feitas para afastar o povo. Mas o direito não nasceu para o latim, para o jargão ou para os códigos fechados em si mesmos. O direito nasceu para o povo, porque só existe sentido em proteger aquilo que é de todos: a dignidade.
Quem vive no interior sabe bem disso. Quando falta transporte escolar, quando a ponte cai e ninguém conserta, quando o agricultor não consegue vender sua produção porque não há estrada. O direito não está apenas no tribunal de uma grande cidade: ele está — ou deveria estar — no chão batido da roça, no corredor do hospital pequeno, na fila do INSS, na feira municipal. É nesses lugares que ele se mostra mais urgente.
Por isso é preciso traduzir a lei para a vida. Tirar a toga da linguagem e vesti-la de humanidade. A criança que precisa de merenda, o idoso que espera a aposentadoria, a mãe que luta por um remédio para o filho — todos já sabem, mesmo sem ter lido uma única página do Código Civil, quando um direito foi negado. O coração humano reconhece a injustiça antes mesmo que a sentença seja escrita.
E é por essa razão que devemos insistir numa justiça acessível, clara, que fale a língua do povo, que chegue até onde o ônibus não chega e onde a internet mal funciona. Porque, se o direito não serve para proteger a vida simples, ele perde sua razão de existir.
Seguiremos batendo nessa tecla. Quero você forte, sábio, feliz e com saúde. Quero você consciente de seus direitos e de suas obrigações. Leia, pense, reflita. A leitura é simples — mas só eu sei o quanto lutei para consegui-la trazer assim, de forma acessível, para todos os leitores. Vocês são minha motivação. Obrigado.
Um abraço na medida da sua necessidade. Até a próxima reflexão!