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Exposição mostra mobilização do Hospital das Clínicas de SP no combate à pandemia da Covid-19

Exposição mostra mobilização do Hospital das Clínicas de SP no combate à pandemia da Covid-19

Até o final de junho, a exposição HC e Covid-19: O Combate à Pandemia poderá ser visitada no edifício-sede da Faculdade de Medicina (FM) da USP. A mostra, cuja estrutura simula a arquitetura do Instituto Central do Hospital das Clínicas, apresenta a mobilização do Hospital das Clínicas e de seus profissionais no enfrentamento à pandemia. Da vacina às ações de acolhimento e cuidado é possível acompanhar as ações dos profissionais, voluntários e pacientes num misto de solidariedade e luta pela vida. Inaugurada em junho de 2024, a mostra itinerante já foi exibida em várias unidades do Complexo HC-FMUSP, sendo visitada por mais de 88 mil pessoas, seguindo depois para o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).

A curadoria é de André Mota, Gustavo Tarelow e Clebison Nascimento dos Santos e envolveu intencionalidades capazes de impactar por meio da informação e rememoração uma experiência traumática como a de uma pandemia. Eles informam que esse desafio se espelhou em cada núcleo composto de documentos recolhidos da instituição Hospital das Clínicas, produzidos durante o primeiro ano da doença, apontando para um plano de ação, para as dificuldades enfrentadas pelos profissionais no dia a dia desse trabalho, nas incertezas e esperanças em torno da chegada de uma vacina e, finalmente, para além do luto das mortes, a possibilidade de vivenciar a cura de uma grande maioria de pacientes que puderam voltar para seus lares e familiares.

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Segundo os curadores, “em seu percurso é possível identificar as questões que versaram sobre temas como o da pobreza e das desigualdades que acabaram por produzir mais adoecimentos e mortes em áreas periféricas da cidade, nos esforços institucionais empreendidos pela Faculdade de Medicina da USP, seu Hospital das Clínicas e instituições parceiras, conseguindo impactar de forma relevante o combate à epidemia, bem como o acolhimento aos doentes num trabalho coletivo dos mais diversos matizes, demonstrando a importância de parcerias e meios de implementação de uma ação de grande porte como se deu no hospital, talvez uma das experiência mais interessantes ocorridas dentro e fora do Brasil. Eles ainda complementam que “ao fim e ao cabo, entende-se que se há algum sentido tratar da relação entre memória e Covid ela deverá ser, sobretudo, de nossa capacidade de construir conhecimentos, argumentos e práticas a partir desse aprendizado da memória”. 

Painéis na exposição – Foto: Divulgação/Museu Histórico FMUSP

A mostra é composta de fotografias, dados estatísticos, mapas, infográficos, relatos de pacientes, manchetes jornalísticas e outros recursos visuais que compõem os seus quatro núcleos temáticos, distribuídos em painéis, que exploram desde os primeiros casos registrados da doença até o início da vacinação contra a covid-19 no Brasil. O primeiro núcleo expositivo, Mobilização, explora os dados referentes às ações empreendidas pelo hospital nos primeiros meses da pandemia e seu impacto para a cidade e Estado de São Paulo.

Segundo os curadores, neste conjunto priorizou-se evidenciar o preparo prévio do hospital para atuar em situações de crise sanitária e os esforços institucionais para garantir o acesso aos cuidados necessários a todos em um contexto pandêmico. O segundo núcleo, chamado de Cotidiano, explora as ações de cada um dos institutos do HC-FMUSP e os desafios enfrentados no contexto da ampla mobilização realizada pelo complexo nos primeiros meses de 2020. Adicionalmente, esse núcleo traz dados de atendimento, leitos de UTI disponibilizados para o tratamento da covid-19, exames realizados, incorporação tecnológica e de recursos humanos, dentre outros.

O terceiro núcleo, Expectativa, exibe manchetes de veículos de comunicação, em formato de linha do tempo, que noticiaram o processo de identificação da covid-19, as pesquisas que resultaram no processo de desenvolvimento de imunizantes em âmbito nacional e internacional e é finalizado com a descrição do início da vacinação contra a covid-19 no Brasil, que se deu nas dependências do Hospital das Clínicas. O quarto e último núcleo, Humanização, apresenta trechos de depoimentos de pacientes que foram atendidos no HC-FMUSP, além das ações empreendidas pelo Núcleo de Humanização do hospital no cuidado com os pacientes, familiares e profissionais da saúde. 

Além disso, a exposição conta com dois painéis fotográficos temáticos. O primeiro deles traz retratos feitos pelo fotógrafo André François no cotidiano do hospital durante a crise pandêmica e é subdividido em três subgrupos: Entre máscaras e facesQuem está aí? e O encontro e o cuidado. O segundo painel apresenta os seguintes registros fotográficos: Ciência, que aborda o início do processo de imunização contra a covid-19, Informação, disponibilizando os cartazes informativos sobre a pandemia e Cidadania, com os registros sobre as ações do Núcleo de Humanização do Hospital das Clínicas.

Painéis na exposição – Foto: Divulgação/Museu Histórico FMUSP

Também foi lançado o livro Missão HC: Covid-19, que tem como autores  os professores da FMUSP Eloísa Silva Dutra de Oliveira Bonfá (atualmente diretora e presidente do Conselho Deliberativo do HCFMUSP), Edivaldo Utiyama (diretor clínico do HCFMUSP) e Aluísio Segurado (pró-reitor de Graduação da USP).  A obra, publicada pela Editora dos Editores, traz ao público o depoimento de quem esteve na linha de frente contra a Covid-19, detalhando como o Hospital das Clínicas da FMUSP se adaptou e evoluiu, em tempo recorde, utilizando a criatividade e a inovação para enfrentar os desafios apresentados pela pandemia que afetou todos os países do mundo, desencadeando uma crise de saúde pública sem precedentes. 

Segundo Utiyama, o leitor vai entender como o HC mobilizou recursos, expertise e coragem para responder prontamente ao surgimento da pandemia, implementando medidas de contenção e preparando-se para o pior. “Conheça os heróis por trás das roupas privativas, das máscaras e dos óculos protetores, lendo as histórias humanas de profissionais de saúde e pessoal de apoio administrativo que arriscaram suas próprias vidas para salvar outras. Descubra como o HC se adaptou e evoluiu em tempo recorde, utilizando a criatividade e a inovação para enfrentar os desafios apresentados pela Covid-19, desde novas tecnologias até protocolos de tratamento revolucionários”, diz na apresentação da obra. 

Para o professor, o livro não é apenas um relato histórico, mas também um tributo à resiliência, determinação e ao espírito humano. “Que as lições aprendidas e os sacrifícios feitos durante esta crise nos inspirem a enfrentar os desafios futuros com coragem e solidariedade”, conclui. 

Para mais informações, acesse o site do museu neste link.

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